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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Depois de uma noite mal dormida, por conta da ansiedade e pela movimentação de sexta-feira à noite na cidade, acordamos e começamos a arrumar as coisas, e deixar tudo pronto para depois do café da manhã somente voltar ao quarto para buscar as malas. No café da manhã, tudo muito bem servido e uma bela mesa com especialidades italianas de café da manhã, mas o que nos surpreendeu foi a reação do senhor que cuidava do restaurante, que nos expulsou falando em italiano que o horário de café da manhã já havia terminado e não poderíamos mais ficar ali. Foi extremamente sem educação, mas preferimos levar na brincadeira e dar risada do jeito italiano do velhinho mexendo as mãos, isso renderia assunto para alguns dias de Crew bar no navio.
Recepção do hotel
Buscamos as malas e fomos para a recepção, onde cerca de 20 tripulantes (que surgiram do nada) esperavam o transfer que viria nos buscar e seguir para o porto. O ônibus chegou alguns minutos depois do esperado, trazendo outros tripulantes, eram pessoas de diversas nacionalidades para diversos departamentos. Rumo ao porto de Savona, a estrada era enfeitada com um plano de fundo do mar mediterrâneo, estávamos atentos ao que surgiria depois de cada curva que fazíamos entre as montanhas da pequena serra, e em uma delas, foi possível avistar um navio da Costa, enorme, imponente e assustador; estava longe, mas essa era a impressão que tínhamos, com o aproximar do ônibus, avistamos um segundo navio, menor, mas também surpreendente. Era o Costa Mediterranea, o nosso navio, aquilo que seria a nossa casa nos próximos 8 meses.
Eu, Julio e o William, na entrada do navio.
Chegando ao porto, percebemos que os navios eram maiores do que pareciam; desembarcamos todas as malas e ficamos esperando que liberassem a saída da tripulação e entrada dos novos “marinheiros”. Na porta da gangway, estava a crew purser com os crachás, recolhendo os passaportes e documentos de todos. Fomos informados de que o dia seria intenso e com muitos treinamentos e no fim da tarde, teríamos o Drill de passageiros. Após passarmos pela gangway, os representantes dos departamentos, vieram buscar os novos tripulantes para entrega de documentos, exames e preencher os papéis necessários, no caso do restaurante era o Mike, um filipino muito gente boa, que ajudaria bastante nos próximos dias.
No caminho de um lugar ao outro, tive uma das melhores surpresas que podia ter no primeiro dia a bordo, encontrei o Alan, um amigo que conheci durante o STCW que fiz no Rio de Janeiro, e que me chamou com um grito quando me viu. Conversamos por dois minutos, o suficiente para me deixar mais tranquilo, sabendo que o navio era bom de se trabalhar, o grupo de brasileiros era pequeno, mas que o César, amigo que conheci no Costa Campus, também estava a bordo.
Meu "nametag", "Crew pass" e cartões telefônicos
comprados dentro e fora do navio
Fiquei ainda mais feliz, pois a enfermeira do navio era brasileira, a Thais, extremamente gente boa e se tornaria uma grande amiga a bordo. Depois de todos os exames prontos, o Mike nos levou até o Buffet onde estava o Elman, um hondurenho com fama de não gostar de brasileiros. Nos tratou bem e disse que nos esperava no Buffet mais tarde. Após as apresentações de grande parte do navio, fomos buscar os uniformes, nametag, crew pass e pegar a chave da cabine. Deveríamos comer algo muito rápido e ir para o Training Room, para os treinamentos com procedimentos de segurança e afins. Foi um treinamento chato para quem já estava cansado por conta do fuso-horário e as horas sem dormir direito, e o pior, o treinamento era dado por um oficial italiano, chamado William, com um inglês muito difícil de se entender, quando não está acostumado com o sotaque.
Terminado o cansativo treinamento, estava na hora de começar o drill, mas não participaríamos, pois haviam nos liberado para descansar um pouco. Teríamos de nos apresentar no Buffet às 21h e procurar pelo Buffet Supervisor. Este tempo foi suficiente para dormir um pouco e renovar as energias; a essa altura eu ainda não conhecia o meu cabin mate, mas sabia que não era brasileiro e nem tão organizado. Não sabia que nacionalidade seria, mas por conta do que tinha ouvido antes, não queria que fosse um indiano.
Um pouco antes das 21h eu já estava com o William no Buffet, encontramos o nosso supervisor Yogesh Poojary, indiano. Foi um pouco difícil de entender o sotaque dele no começo, mas ele parecia ser gente boa; nos deu algumas instruções e mostrou como funcionava a área do Buffet e cozinhas, perguntou algumas coisas em relação ao que tínhamos feito antes em na vida e a trabalho. A nossa função no primeiro dia foi bem simples e quando era meia-noite, ele nos liberou para descansarmos e acostumar em relação ao fuso-horário.



MIKOMI: Caixinha de som do
meu cabin mate, não aguentei (risos).



Eu não queria saber de conhecer o navio ou falar com ninguém, estava exausto e fui direto para a cabine. Quando entrei na cabine, meu cabin mate já estava dormindo, acordou quando entrei e afastou a cortina para ver quem eu era. Pra minha alegria (#SQN), era um indiano! Eu não tenho problemas com outras nacionalidades e perceberia isso com o passar do tempo, mas de tanto ouvir falarem mal dos indianos, acabava rolando um certo bloqueio. Ele tentou conversar e perguntar algumas coisas, mas eu não entendia quase nada do que ele falava, o sotaque era realmente difícil, lembro que entendi algo como “my friend” e “change”. Eu sabia que não ficaria na mesma cabine que ele, pois confirmando o que diziam sobre a nacionalidade, a cabine cheirava mal e seria complicado de ficar por muito tempo. Acabei indo dormir e me preparar para o dia seguinte, que começaria às 11h, pois eu trabalharia no fechamento da pizzaria até às 02h da manhã, com breaks durante o dia é claro.
Nos próximos posts, tentarei contar de uma forma mais resumida como foram os meus dois meses a bordo do Costa Mediterranea até que fui transferido. Em posts separados, falarei das cidades/ países e lugares que passamos, como funcionam os drills, alguns momentos a bordo e outras dicas que forem surgindo. Caso tenham dúvidas em relação a algo em especifico, fiquem à vontade para perguntar aqui, no nosso Facebook ou instagram e eu farei um post para respondê-las.

O dia do embarque: Costa Mediterranea

Depois de uma noite mal dormida, por conta da ansiedade e pela movimentação de sexta-feira à noite na cidade, acordamos e começamos a arru...
Costa Mediterranea no porto de Savona
O segundo cruzeiro havia começado em Savona, após um drill cansativo, porém durante o horário de trabalho (y).
Eu não fazia ideia, mas este seria um dos cruzeiros mais loucos e inesquecíveis de toda a minha vida a bordo. Era um cruzeiro longo (14 dias), navio lotado, novo horário, e lugares incríveis para conhecer.
Katakolon, Grécia
Após um dia de at sea, chegamos à Katakolon, na Grécia; pequena cidade, porém um lugar muito bonito e tranquilo, desci novamente sozinho para comer algo e entrar em contato com a família, já que no dia seguinte estaríamos em Mykonos e eu tinha “PM” de novo. Nesse meio tempo, eu já fazia alguns amigos a bordo e me sentia mais a vontade. A Débora e o Christian me ajudaram muito nisso.
Rua de Izmir, Turquia

Passada a dor de não poder descer em Mykonos, chegamos na Turquia, país pelo qual eu me apaixonaria eternamente. Estávamos em Izmir, lugar parado, sem nada pra fazer ou visitar por perto, mas me encantou pelo estilo diferente das outras cidades que havíamos passado, novamente sozinho, saí para comer algo, conhecer os arredores do porto e tirar umas fotos, assim que conseguisse fugir dos vendedores que ficam na frente do porto, pois eles são insuportavelmente insistentes. 
O melhor de todos os dias estava por vir, estaríamos em ISTAMBUL! Eu não sabia o que faria, ou pra onde iria, comecei a trabalhar cedo e quando vi, estávamos entrando em um estreito canal por onde passava o Black Sea (mar negro) e começava uma exposição a céu aberto de lindas e imponentes mesquitas. Atracamos e após uma hora eu já estava livre para sair, esbarrei com o Christian que também tinha tempo para sair e conhecia a cidade, foi a primeira vez que saí com a companhia de alguém desde que estava a bordo.
A espetacular Blue Mosque (Mesquita Azul)
Foi um dos melhores dias da minha vida! Istambul era completamente diferente de tudo que já tinha visto, uma mistura de cores, idiomas, artes, religiões… Eu simplesmente me apaixonei pela cidade, fizemos todo o trajeto andando, em um momento, pensamos em pegar táxi, mas foi absurdo o valor cobrado e não aceitamos. A Mesquita Azul é um must e Istambul merece um post dedicado, pois poderia escrever páginas e páginas para falar da cidade. 

Já deu uma olhadinha no Costa Mediterranea: Parte I?




Próximo à Ponte de Gálata e Mesquita Yeni

Movimentação do Grand Bazar, famoso mercado em Istambul

Em frente à Mesquita Azul e Hagia Sophia, outra enorme
e famosa mesquita
Christian, amigo peruano que já conhecia Istambul
Após esse dia, achei que nada mais nesse cruzeiro me surpreenderia tanto, eu poderia trabalhar por muitas horas seguidas graças à energia adquirida em um dia. Eu ainda não sabia o que era ir ao Crew Bar, e quando pensei que seria a hora de ir, algo de diferente aconteceu. Durante o café da manhã, notei que uma passageira me olhava enquanto trabalhava; com a desculpa de que ia pegar algo, ela veio até a linha do Buffet em que eu estava e perguntou algo, nós conversamos rapidamente e ela se foi, a única coisa que sabia é que era espanhola. À noite, quase acabando o meu horário e pronto para descansar ou ir ao Crew Bar pela primeira vez, ela apareceu no Buffet com uma amiga. Parou, e conversamos por uns minutos, não lembro como, mas ficou entendido que ela me esperaria no Deck 10.
Todo tripulante sabe que é estritamente proibido qualquer tipo de relacionamento com o hóspede, que não seja relacionado ao trabalho. Mas é claro, todo tripulante (ou quase todos) esquece essa regra. Subi ao Deck 10, e ela me esperava, conversamos por cerca de uma hora, e parecia que a história de “um amor a cada porto/cruzeiro” começaria ali, um pouco cedo, mas parecia. Ainda faltavam cinco dias para o cruzeiro acabar e o deck 11 acabou se tornando o nosso "meeting point". Abusamos da sorte, ao sermos vistos pelo irmão dela, que não viu que se tratava de um tripulante, meu supervisor Yogesh me viu passando com ela após o trabalho, rumo ao Deck e disse “I didn’t see anything”, dei sorte, pois outros supervisores teriam dito aos “securities”. Mas antes que o cruzeiro terminasse a sorte não foi tão grande. Em uma das noites, havíamos mudado do deck 11 para o 10, pois em nenhum dia tinha visto alguém da segurança, então estaria tranquilo, ERRADO. De longe eu ouvi uma música indiana vindo em nossa direção, era o celular de um dos seguranças; antes que chegasse onde estávamos, nós nos separamos e fomos para lados opostos. Dei a má sorte de passar pelo segurança, que deu a volta me seguiu. Ela, estava me esperando no deck 9 e quando me viu veio falar comigo, tentei impedir, mas ele já tinha percebido tudo.
Sem nametag, parte do uniforme na mão, em área de passageiro, se envolvendo com uma passageira, isso só significava uma coisa: DESEMBARQUE.
O segurança indiano, nunca se mostrou tão amistoso, até pegava no pé do William de vez em quando. Ele me perguntou o que eu achava que estava fazendo, eu sempre dizia que não sabia de nada, me perguntou há quanto tempo estava a bordo. Informei que faziam cerca de vinte dias e era o meu primeiro contrato. Ele gritou perguntando se eu queria ser desembarcado nessas condições, em tão poucos dias a bordo. A última coisa que queria era ser desembarcado, ainda mais com somente vinte dias a bordo. Pedi milhares de desculpas e disse que não sabia das regras em relação às passageiras. Gritando, ele me mandou descer diretamente pra minha cabine, não demorei um minuto. Estava muito nervoso, mas agradecendo por não ter acontecido o pior. 
Após cinco minutos na cabine, a espanhola me ligou, perguntando o que havia acontecido e dizendo que ele fora falar com ela perguntando diversas coisas, mas como ela nada devia, simplesmente ignorou. Deste dia em diante, prometi pra mim mesmo que não me envolveria mais com passageira alguma. Continuamos nos falando nos últimos dias e no dia de desembarque em Savona, ela veio se despedir de mim, chorando, me entregou um papel com um desenho que havia feito (desenhava muito bem) e os contatos, ela viria ao porto de Barcelona em outras vezes pra me ver, mas nunca conseguimos nos ver novamente. Foram dias diferentes e intensos, no que se tornou um cruzeiro completamente fora do normal.
Depois desse grande susto, eu me voltei mais pra o trabalho e tentando não fazer mais besteira nenhuma, pois o segurança ainda me olhava torto. Com o passar dos dias me sentia mais a vontade a bordo, fazendo vários amigos e me dando bem com os supervisores a cada dia que passava.



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Costa Mediterranea: Parte II (Entrando em problemas)

Costa Mediterranea no porto de Savona O segundo cruzeiro havia começado em Savona, após um drill cansativo, porém durante o horário de trab...

domingo, 28 de junho de 2015

Algumas pessoas ainda estão planejando as férias do meio do ano, e com essa alta das fortes moedas e, dependendo das condições de seu bolso, surge a dúvida: quais são os países mais caros e os mais baratos do mundo para viajar?
Na última semana, nós postamos aqui 10 destinos baratos para ficar mais tempo.
Um ranking recém divulgado pelo Fórum Econômico Mundial faz a comparação entre 141 países e, assim, permite calcular em quais deles o turista gasta mais.
Nessa equação, entram não apenas fatores como o custo de vida mas também o valor de impostos, inclusive as taxas aeroportuárias.
Os cinco países mais caros
1 -Suíça
emurtola/iStock
No topo do ranking, a Suíça tem voos e hotéis caros --a média da diária fica em torno de US$ 241 por noite


2 - Reino Unido
O Reino Unido é outro badalado destino turístico, que atrai anualmente cerca de 31 milhões de pessoas, que gastam em média US$ 1.300


3 - França
Apesar de sua fama de cara, a França recebe quase 85 milhões de turistas por ano. O gasto médio é de US$ 669


4 - Austrália
Com mais de 6 milhões de turistas, o custo médio fica entre os mais caros: US$ 4.897
5 - Noruega
O gasto médio dos 4,7 milhões de turistas por ano é de US$ 1.198. O país está em 21º no item custos de voo e em 67º no quesito hotéis, sendo que o custo médio da diária é de US$ 151
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Os cinco países mais baratos
1 - Irã


Dmitry Chulov/iStock
Problemas políticos e dificuldade para se conseguir um visto estão entre os principais obstáculos pra se viajar ao Irã, ainda que a situação esteja melhorando nas duas coisas


2 - Indonésia
07_Bali_Indonesia-2
Hall lembra que o país tem uma oferta muitíssimo variada em termos de turismo, que o transformou em um dos destinos favoritos para viajantes que buscam alternativas aos pacotes turísticos fechados


3 - Egito


sculpies/iStock
A Primavera Árabe e a instabilidade dos últimos dois anos afetaram o fluxo de turistas no país. Mas, ainda assim, o turismo segue sendo um dos pilares na economia nacional, e o país recebe atualmente 9 milhões de visitantes ao ano, que gastam em média US$ 659


4 - Índia


Rent a Local Friend/Divulgação
O país está no topo de destinos de viajantes alternativos desde os anos 60 e vem presenciando um forte salto de desenvolvimento no mercado turístico


5 - Tunísia


EnginKorkmaz/iStock
Apesar de ter formado, nos últimos anos, um cenário não muito animador em termos de turismo (foi o berço da Primavera Árabe), a Tunísia conseguiu dar a volta por cima nesse quesito melhor que outras nações da região
Por Viagem Livre

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Conheça os países mais caros e os mais baratos para se visitar

Algumas pessoas ainda estão planejando as férias do meio do ano, e com essa alta das fortes moedas e, dependendo das condições de seu bolso,...

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Costa Mediterranea no porto de Katakolon, Grécia
Os primeiros dias a bordo não foram fáceis, com milhares de treinamentos, provas e avaliações, drills e mais treinamentos, tudo isso sem deixar de trabalhar. Como todo marinheiro de primeira viagem, eu me perguntava se era realmente isso que queria. Eu fui com a mente preparada para o pior, e sabia que era só o começo e podia piorar.

O Costa Mediterranea tinha três diferentes rotas de cruzeiro, o que era um privilégio para nós tripulantes, pois estaríamos sempre em lugares diferentes, e não repetiríamos a mesma cidade a cada semana. Por conta dos diversos treinamentos, que na maioria das vezes caíam no meu horário de break, eu não tive a oportunidade de sair nos primeiros dias. Após a saída de Savona, passamos um dia at sea (em navegação), e no dia seguinte, atracamos em Málaga, Espanha. Me parecia uma cidade bonita, com uma praia cheia e perto do centro e um clima diferente; pelo menos essa foi a impressão que tive olhando do Deck 10, o lugar onde tinha o melhor ângulo para ver a cidade. O dia seguinte foi outra tortura, estávamos em Casablanca, no Marrocos e eu novamente tinha algum treinamento e depois teria tempo para descansar um pouco ou ter que voltar ao trabalho. Para acabar com a “seca”, chegamos em Cádiz, na Espanha, e… EU TINHA TEMPO LIVREE! \o> não acreditava que sairia do navio após alguns dias de confinamento, sem pisar em terra firme e poder começar a conhecer um dos muitos lugares que passaríamos. Eu ainda não havia feito amigos a bordo, e os que já conhecia, estavam trabalhando. 

Na ruas de Cádiz
Muitas pessoas deixavam de sair por falta de companhia, eu nunca dependi muito dos outros e não ia ser no navio que isso ia acontecer, peguei uma mochila a câmera surrada que eu tinha e fui andar pelas ruas de Cádiz, a experiência foi maravilhosa, mesmo que em pouquíssimo tempo, sair do navio renovou as minhas energias e ânimo para os próximos dias.

A bordo era uma correria, eu quase não via o meu cabin mate, mas já havia entendido o que ele quisera dizer com as palavras “my friend” e “change”. Um amigo e “paisano” dele, com um sotaque menos puxado, veio conversar comigo e perguntar se eu gostaria de trocar de cabine com ele, para que eles pudessem dividir a mesma. Eu não sabia com quem ficaria, mas aceitei, pois tinha acabado de chegar e isso não ia fazer uma grande diferença. No mesmo dia fizemos a troca com a Chief Crew, e me mudei para a cabine nova, onde ficaria com o Gutierrez, um senhor peruano que já tinha algumas dezenas de contratos e era muito gente boa. 
 
Lisboa e a ponte 25 de Abril ao fundo
Naquele mesmo dia, estávamos em Lisboa, Portugal e era overnight (o sonho dos tripulantes). Eu tive a oportunidade de sair durante o dia e conhecer uma parte de Lisboa e ir até a Torre de Belém, de cara me apaixonei pela cidade, era tudo tão novo e a sensação de sair do navio deixava tudo ainda mais fantástico, Lisboa merece um post somente falando da cidade e suas atrações.
Mas no navio existe algo chamado “Port Manning” e por esta razão, eu não pude sair do navio para curtir a noite de Lisboa, pois estava de “PM” no dia seguinte. Conheci a Débora, que se tornaria uma melhor amiga a bordo, que tinha a oportunidade de sair no overnight, mas não tinha vontade.
A convivência com o Gutierrez na cabine era ótima, e nos entendíamos tranquilamente. Ele acabou mudando de cabine para ficar com outro amigo peruano, então, chamei o William, que era uma das poucas pessoas que conhecia para dividir a cabine comigo, o que seria melhor, pois nos conhecíamos e nos entediamos.
Trabalhando no time da pizzaria, fiquei muito amigo do Christian (peruano) e do Efrem (BR). As noites fechando a pizzaria foram as melhores que eu poderia ter no começo de um contrato; o clima totalmente descontraído e de cooperação total, tirava o medo do que viria e me fazia acostumar mais rápido com a rotina a bordo. Com o primeiro cruzeiro quase no fim, eles mudaram o meu horário, trabalharia agora no set-up do café da manhã, começando às 5h da manhã todos os dias, alguns diziam que isso significava uma evolução para o Snack Steward; eu gostava de trabalhar na pizzaria, mas queria aprender o máximo possível, outra que fechando a pizzaria, eu nunca saberia o que é o Crew Bar.

O próximo cruzeiro tinha tudo para ser mais tranquilo, os treinamentos já haviam terminado, eu estava mais acostumado ao término do cruzeiro, a rota era incrível (Grécia, Turquia, Romênia, Ucrânia e Itália) e eu teria um tempo maior para conhecer todos estes lugares. 


P.S.: Farei uma lista explicando todos esses termos e palavras usadas a bordo.

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Costa Mediterranea: Parte I

Costa Mediterranea no porto de Katakolon, Grécia Os primeiros dias a bordo não foram fáceis, com milhares de treinamentos, provas e avaliaçõ...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Uma boa notícia para quem quer viajar, mas sem gastar muito: é possível encontrar diversos países com custo de vida baixo, que garantem, assim, economia para os turistas. Para você se planejar e deixar tudo pronto, desde a compra de passagens aéreas e até mesmo o aluguel de carros (por que não?), o Skyscanner fez uma lista com 10 países baratos para ficar mais tempo, sem se preocupar com as despesas --pelo menos não tanto quanto deveria acontecer em outros destinos.

1 - Índia


Este é o segundo país mais populoso do mundo, dono ainda do patrimônio cultural e artístico dos homens mais ricos do planeta. O preço da diária de um quarto individual, entre os hotéis mais baratos da Índia, pode sair por R$ 10, e se você quiser, é possível alugar um apartamento inteiro no centro da cidade com apenas R$350 por mês. Isso significa que com pouco mais de R$ 300, você consegue ficar tempo o suficiente na cidade e conhecer todas as particularidades deste país rico em costumes e tradições, fascinantes para visitantes com mente aberta, dispostos a uma imersão cultural sem igual.

2 - Sri Lanka


No sudeste da Ásia, Sri Lanka atrai um número crescente de turistas, interessados em aproveitar o clima agradável e curtir o estilo de vida extremamente saudável, graças à paz que muitos dos destinos por lá transmitem. É possível encontrar diárias por apenas R$ 18 em muitos hotéis no Sri Lanka. A estadia deve ser aproveitada para recuperar a saúde, com os alimentos e tratamentos naturais, que acabaram se transformando nos principais atrativos do país. Vai ser difícil querer voltar para casa.

3 - Equador


Entre os países da América do Sul, é um dos mais baratos e vale a pena visitar. Diárias em um quarto individual custam em média R$ 30 na maioria dos hotéis em Quito, e pelo mesmo valor, você pode comer muito bem em qualquer restaurante. O país é dono de uma incrível riqueza natural, não só nas belas costas, mas também em suas montanhas, onde a biodiversidade tem sido elogiada até pelo "The New York Times". Os moradores não hesitam em afirmar que vivem no país mais bonito do mundo.

4 - Vietnã


Embora o turismo no Vietnã esteja em alta, os preços continuam muito atraentes por lá. É fácil encontrar quartos individuais, duas estrelas, por R$ 20 a diária e com cinco reais a mais, é possível se hospedar em hotéis em Hanói, três estrelas, com acesso à internet, ar condicionado e comodidades como sauna e spa. Os táxis cobram em torno de R$ 6 por corridas de duração média. Além disso, o almoço ou a janta com bebidas incluídas custam menos de R$ 15. É muita economia, não?

5 - Camboja


Uma cama e uma refeição em Camboja podem custar tão pouco quanto R$ 5. Não é mentira! Tanto que com menos de R$ 300, é possível passar um mês no país, em qualquer uma de suas cidades turísticas. Por esta razão, é grande o número de pessoas que decidem aproveitar a aposentadoria lá, mesmo quando esta é mínima. Se você se apaixonar por esta terra, há disponibilidade de apartamentos perto do mar com 45 m2 vendidos por R$ 70 mil. Uma tentação, vamos combinar, né?
6 - Bolivia


Em vários destinos bolivianos, é possível encontrar acomodações com pernoite por R$ 20 e isso em hotéis duas estrelas em La Paz. Este é um dos países com a melhor gastronomia na América do Sul, o que está associado aos preços bastante acessíveis. Um dia por lá pode custar pouco mais de R$ 45. Resumindo, a escolha perfeita para aqueles que querem férias econômicas regadas a sabores e com muitas opções turísticas.

7 - Hungria


Este país do Leste Europeu é provavelmente um dos mais baratos em todos os pontos de vista. Os hotéis em Budapeste estão disponíveis a partir de R$ 15 por noite e com R$ 12 você pode comer e beber sem problemas. Tudo isso na capital e enquanto você desfruta das muitas belezas artísticas e culturais da cidade, que a vários anos está se beneficiando de um aumento constante do interesse entre turistas de todo o muno. E se você quiser visitar o resto do país, o transporte também é bem acessível, sendo possível se locomover entre uma cidade e outra com menos de R$ 10.

8 - Honduras


Em Honduras, não é necessário desembolsar nem R$ 30 por dia, inclusive em áreas próximas ao mar e às principais atrações turísticas. As praias de Honduras são agraciadas pela areia branca e por palmeiras, responsáveis por criar um cenário paradisíaco. Com R$ 70, você pode literalmente viver como um rei.

9 - Bulgária


O outono e inverno são perfeitos para viajar até a capital búlgara. Na Europa Oriental, é o país mais popular, graças aos custos que estão entre os mais baratos do continente. A diária em quartos individuais nos hotéis de Sófia vão dos R$ 18 aos R$ 90, este último valor é para acomodações 4 estrelas. Os preços dos restaurantes também são muito interessantes. Com R$ 15, você pode comer e beber em lugares diferentes.

10 - Grécia


Pode acreditar, é possível gastar menos de R$ 30 em diárias na Grécia. Nos hotéis de Atenas, por ser capital, os quartos são um pouco mais caros, mas ficam em torno de R$ 100 em hotéis 3 estrelas. A variedade e integralidade da rota turística na cidade também permitem que você encontre refeições que saem por menos de R$ 25, isso nas mais belas praias. E que praias! Todas são famosas pelas águas cristalinas e seus cenários pitorescos.

O pessoal do Na Proa da Vida já esteve em alguns destes lugares e em breve trará novos relatos e dicas sobre cada um dos destinos visitados. O blog está apenas começando!

10 destinos baratos para ficar mais tempo

Uma boa notícia para quem quer viajar, mas sem gastar muito: é possível encontrar diversos países com custo de vida baixo, que garantem, ass...

 

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